Postado em 07/01/2020
Dados recentes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 23 milhões de brasileiros, ou seja, 12% da população, apresentam os sintomas de transtornos mentais. Ainda de acordo com a pesquisa, ao menos 5 milhões, 3% dos cidadãos sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.
O transtorno factício é, muitas vezes, denominado síndrome de Münchhausen. O nome é uma referência ao Barão Hieronymus Karl Freiher Von Münchhausen (1720-1797), oficial da cavalaria russa que ficou conhecido em seu tempo por contar histórias exageradas e fantasiosas sobre as aventuras militares das quais participou.
Transtorno factício imposto a si mesmo:
Grave, o transtorno factício consiste em um quadro patológico no qual o paciente simula ou provoca, intencionalmente, qualquer tipo de sinal ou sintoma físico ou psicológico, sem que exista uma vantagem óbvia para tal atitude, exceto pela obtenção de atenção e cuidados médicos.
Os atos são intencionais e premeditados, e os sintomas podem manifestar-se por meio de mentira, caso em que o paciente simplesmente inventa determinadas queixas. Pode ocorrer, também, a produção deliberada de sinais clínicos a partir do consumo oral ou injetável de substâncias tóxicas ou infectadas e de lesões auto infligidas.
Síndrome de Münchhausen por procuração:
Em uma forma especial de síndrome de Münchhausen, denominada Münchhausen por procuração, o indivíduo produz sinais clínicos em outra pessoa, a qual está sob seus cuidados, podendo acontecer em mães ou outras pessoas responsáveis por uma criança. A síndrome caracteriza-se pela invenção ou produção intencional de alterações clínicas na criança, fazendo com que ela seja considerada doente. Mais uma vez, esse comportamento tem como única motivação a obtenção de atenção médica.
A síndrome de Münchhausen por procuração é uma forma de abuso infantil e, com frequência, envolve a ocorrência de outras formas de abuso, na ausência de qualquer violência explícita. Paradoxalmente, a pessoa responsável demonstra uma grande preocupação com a saúde da criança que, com o passar do tempo, pode participar desse processo patológico e, até mesmo, sofrer, ela própria, da síndrome de Münchhausen.
O diagnóstico é feito pelo médico psiquiatra e baseia-se em histórias e exames, juntamente com os testes necessários para excluir doenças físicas reais.
O ASSIM SAÚDE alerta para os cuidados com a saúde mental.